A SANTIDADE - 1º Encontro mês de Novembro 2011
Grupos de rua – mês de novembro de 2011 - 1° encontro
A santidade
INTRODUÇÃO: preparar o ambiente com Crucifixo, bíblia, vela, flores... - Canto inicial.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo... (cantado ou rezado). - Pai nosso...
Texto Bíblico – 1Pd 1,13-16; Ef 1,3-7
Toda a história da Igreja está marcada por numerosos Santos e Santas que com a sua fé, caridade e com a sua vida são faróis para a vida dos cristãos. Os Santos manifestam de diversas formas a presença poderosa e transformadora de Jesus Ressuscitado; deixaram que Cristo se apoderasse tão plenamente da sua vida que puderam afirmar com são Paulo: «Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gl 2, 20). Seguir o seu exemplo, recorrer à sua intercessão, entrar em comunhão com eles, une-nos a Cristo, Origem de toda a Graça.
Que significa ser santos? Quem é chamado a ser santo? Com frequência somos levados a pensar ainda que a santidade seja uma meta reservada a poucos eleitos. São Paulo, ao contrário, fala do grande desígnio de Deus e afirma: «Em Cristo, Deus Pai escolheu-nos antes da criação do mundo para sermos santos e imaculados diante d'Ele na caridade» (Ef 1, 4). E fala de todos nós. No centro do desígnio divino está Cristo. Em Jesus, o Pai mostra o Seu Rosto: o Mistério escondido nos séculos revelou-se em plenitude no Verbo que se fez homem. Em Cristo, o Deus vivente tornou-se próximo, visível, audível, palpável para que todos possam beneficiar da sua plenitude de graça e de verdade (cf. Jo 1, 14-16). A santidade, a plenitude da vida cristã não consiste em realizar empreendimentos extraordinários, mas em unir-se a Cristo, em viver os Seus mistérios, em fazer nossas as suas atitudes, pensamentos e comportamentos.
Mas permanece a questão: como podemos percorrer o caminho da santidade, responder a esta chamada? Posso fazê-lo com as minhas forças? Uma vida santa não é fruto principalmente do nosso esforço, das nossas ações, porque é Deus, o três vezes Santo (cf. Is 6, 3), que nos torna santos, é a ação do Espírito Santo que nos anima a partir de dentro, é a vida de Cristo Ressuscitado que nos é comunicada e que nos transforma.
A santidade tem a sua raiz última na graça batismal, no sermos enxertados no Mistério pascal de Cristo, com o qual nos é comunicado o seu Espírito, a sua vida de Ressuscitado. São Paulo ressalta de modo muito forte a transformação que a graça batismal realiza no homem; o nosso destino está ligado indissoluvelmente ao de Cristo. «Pelo batismo fomos sepultados com Ele na morte para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos... assim também nós possamos caminhar numa vida nova» (Rm 6, 4). Mas Deus respeita sempre a nossa liberdade e pede que aceitemos este dom e vivamos as exigências que ele requer, pede que nos deixemos transformar pela ação do Espírito Santo, conformando a nossa vontade com a vontade de Deus.
Como pode acontecer que o nosso modo de pensar e as nossas ações se tornem pensar e agir com Cristo e de Cristo? Qual é a alma da santidade? A santidade cristã não é nada mais do que a caridade plenamente vivida: "Deus é amor; quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus nele" (1 Jo 4, 16). Ora, Deus difundiu abundantemente o Seu Amor nos nossos corações por meio do Espírito Santo, que nos foi doado (cf. Rm 5, 5); por isso o primeiro dom e o mais necessário é a caridade, com a qual amamos Deus acima de todas as coisas e ao próximo por amor a Ele. Essencial é nunca deixar passar um domingo sem o encontro com o Cristo Ressuscitado na Eucaristia; isto não é mais um peso, mas é luz para toda a semana. Nunca começar nem terminar um dia sem, pelo menos, um breve contato com Deus na oração. E, no caminho da nossa vida, seguir as orientações que Deus nos comunicou no Decálogo lido com Cristo, que é simplesmente a explicitação do que é a caridade em determinadas situações.
Santo Agostinho pôde afirmar: «Ama e faz o que queres. Quando silencias, que seja por amor; quando falas, fala por amor; quando corriges, que seja por amor; quando perdoas, que seja por amor; haja em ti a raiz do amor, porque desta raiz só pode derivar o bem». Quem é guiado pelo amor, quem vive a caridade plenamente, é guiado por Deus, porque Deus é Amor.
Talvez possamos perguntar: podemos nós, com os nossos limites, tender para meta tão alta? A Igreja, durante o Ano Litúrgico, convida-nos a fazer memória de uma multidão de Santos, ou seja, daqueles que viveram plenamente a caridade, que souberam amar e seguir Cristo na sua vida quotidiana. Eles dizem-nos que é possível para todos percorrer este caminho. E dão testemunho disso não só alguns grandes santos, mas também os santos simples, ou seja, as pessoas boas que encontramos na nossa vida, que nunca serão canonizadas. São pessoas normais, sem heroísmo visível, mas podemos ver na sua bondade de todos os dias a verdade da fé. Na comunhão dos Santos, canonizados ou não, nós beneficiamos da sua presença e da sua companhia e cultivamos a firme esperança de poder imitar o seu caminho e partilhar um dia a mesma vida bem-aventurada, a vida eterna.
Vamos conversar – Desejo ser santo? O que significa isto para mim? Tenho costume de ler vidas de Santos? Peço para eles que me ajudem a me doar sem reservas para Jesus?
Oração com preces espontâneas. - Canto final.