Antes de ler o conteudo a seguir, aconselhamos a leitura do evangelho de Mateus

(Mateus 2, 1-12) para melhor entendimento do tema que será tratado.

O tema a seguir tem como intuito agregar informação e conhecimento, através de fatos e estudos, levando em consideração que o conteúdo a seguir foi retirado da internet, revistas, livros e outros meios de informação. Esperamos que você goste do assunto e compartilhe conosco a suas curiosidades e duvidas.

"O segredo dos Reis Magos"

        

        A celebração da festa de REIS MAGOS tornou-se uma tradição secular cristã que chegou aos dias atuais. É atribuída aos reis magos a tradição da troca de presentes no natal. Construída durante os últimos séculos, a história dos magos termina com a reverência aos seus corpos, guardados como relíquias na catedral de Colônia, Alemanha. Melchior, Gaspar e Baltazar teriam visitado o Jesus recém-nascido, reverenciaram o rei dos reis. Este relato cristão originou a lenda dos três reis magos. Lenda porque ela nunca aconteceu, não da forma que se relata e das personagens que dela participam.

 

        As bases da lenda dos três reis magos remontam das histórias ao redor do nascimento de Cristo, ou seja, de uma narrativa de um dos evangelhos cristãos, o de Mateus. O Evangelista fala de magos (astrólogos) que visitam o recém nascido. É desta narrativa única nos evangelhos que surge o desenho do que seria a lenda dos reis magos: “Depois de Jesus ter nascido em Belém da Judéia, nos dias de Herodes, o rei, eis que vieram magos (astrólogos) das regiões orientais a Jerusalém, dizendo: “Onde está aquele que nasceu rei dos judeus? Pois vimos a sua estrela quando no Oriente e viemos prestar-lhe homenagem.”

 

Três Reis Magos? Será mesmo?

        Três reis magos, um simples título atribuido aos magos vindos do oriente já trás diversas controversas, a começar pela quantidade, na verdade em nenhum momento da passagem biblica, contida nos 12 versículos da narração do evangelista Mateus, atribui a quantidade de magos que de fato visitaram o menino Jesus, o que se sabe é que eram mais de um, isso por que a expressão esta escrita no plural. Como Mateus não precisou o número exato dos magos, no início da veneração a eles, várias foram as interpretações de quantos seriam. Nos primeiros tempos do cristianismo chegaram a ser representados em doze. Há imagens medievais que mostram apenas dois. Na catacumba de Santa Domitilla, em Roma, aparecem quatro magos representados. Naturalmente chegou-se ao número de três reis magos devido às prendas oferecidas: ouro, Incenso e mirra.

        Outra caso intrigante é que Mateus não os nomea como Rei, mas sim como magos (ástrologos). O título de reis viria apenas no século III, quando os cristãos primitivos, já sob influência do helenismo e, futuramente, da romanização da fé, tentam evidenciar a profecia do Salmo 72:11, de que diante do rei dos judeus prostrar-se-iam todos os reis. Teria sido Tertuliano de Cartago quem no início do século III, escreveria que os magos do oriente eram reis.

        Quanto ao título magos, isto é, astrólogos e não feiticeiros. Naquele tempo a palavra mago tinha esse sentido, confundindo-se também com os termos sábio e filósofo. Eles prescrutavam o firmamento e sentiram-se chocados com a presença de um novo astro e, cada um deles, deixando suas terras depois de consultar seus pergaminhos e papiros cheios de palavras mágicas e fórmulas secretas, teve a revelação de que havia nascido o novo Rei de Judá e, que ele, como soberano, deveria, também, prestar seu preito ao menino que seria o monarca de todos os povos, embora o seu Reino não fosse deste mundo.

Surgem Gaspar, Melchior e Baltazar

    As identidades dos três reis magos, como nome, nacionalidade, idade e cor, só foram dadas cerca de 800 anos após o nascimento de Cristo. Os nomes de Gaspar, Melchior e Baltazar aparecem pela primeira vez, nos mosaicos da Basílica de San Apollinare Nuovo, em Ravena. Começam a ser referidos numa série de fontes a partir do século VII ou VIII. Também a cor da pele de cada um não é mencionada no evangelho. Com o tempo, as crenças populares moldaram a fisionomia de cada um dos magos, dando-lhes idade, cor e nacionalidades diferentes. Por fim, receberam nomes: Melchior, Gaspar e Baltazar.

    A melhor descrição dos reis magos foi feita por São Beda, o Venerável (673-735), que no seu tratado “Excerpta et Colletanea” assim relata:

 

 

Gaspar (do hebreu Gathaspa, “o branco”), rei da Índia. Na versão de São Beda era jovem de 20 anos, robusto, partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. Gaspar também teria sido o Mago que ofereceu ao menino o Incenso.

 

 

 

 

Melchior (do hebreu Mlichior, que significa o “rei da luz”), rei da Pérsia. Foi descrito por São Beda, o Venerável, como um velho de 70 anos, de cabelos e barbas brancas. Partiu de Ur, terra de Abraão, na Caldeia, rumo a Jerusalém, para reverenciar o messias. Segundo a tradição, Melchior ofereceu ao pequenino o Ouro.

 

 

 

Baltazar (do hebreu Bithisarea, “senhor do tesouro”), rei da Arábia. Segundo São Beda, era mouro, de barba cerrada, tinha 40 anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz. Por fim Baltazar trouxe ao Cristo a Mirra.

Um segredo guardado na maior

catedral do mundo.

 

charge...

Os presentes dos Reis

Ouro, Incenso e Mirra. 

        A estrela, conta o evangelho, os precedia e parou por sobre onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mt 2, 10). "Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus: ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, ser um resumo do evangelho e da fé cristã.

        

        O ouro pode representa a realeza, o incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu (Salmos 141:2). A mirra, resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, nos remete ao gênero da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19: 39 e 40), sendo que estudos no Sudário de Turim encontraram estes produtos.

 

"Entrando na casa, viram o menino (Jesus), com Maria sua mãe. Prostando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra." (Mt 2, 11).

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A roupa do Rei Mago Balthasar

Susana Villas Boas Vieira 28/11/2012
O meu netinho foi escolhido na escola para representar o Rei Mago Balthasar.
Devo ajudar sua mãe a compor seu traje.
Voces poderiam me ajudar com o modelo e as cores.
Como Balthasar levou de presente a Jesus a mirra, onde posso encontrá-la?

Re:A roupa do Rei Mago Balthasar

Maicon 17/12/2012
Desculpe a demora, só agora percebemos seu comentário.

Não há um modelo ideal para o traje de um "REI MAGO". Talvez uma túnica branca com panos colorido e uma coroa sejam trajes fáceis de consegui e que se enquadram na descrição de um Rei. A mirra é um perfume, talvez você encontre em lojas de essências ou derivados.

Esperamos ter ajudado.
Um abraço

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Os Reis Magos: A arqueologia comprova sua existência – IGREJA CATÓLICA

Os Reis Magos: A arqueologia comprova sua existência

 

Os Reis Magos não são personagens criados por séculos de tradição cristã. Sua existência, além de estar bem testemunhada no Evangelho, agora é documentada pelas descobertas arqueológicas. Esta curiosa e extraordinária revelação encontra-se contida em um tabuinha, na qual foram acunhados caracteres cuneiformes. Trata-se de um autêntico documento astronômico e astrológico (então as duas ciências eram irmãs gêmeas) que revela a existência de uma conjunção de Júpiter e Saturno na constelação de Piscis no ano 7 antes de Cristo.

 

Os Evangelhos marcam o nascimento de Jesus em tempos do censo do império ordenado por César Augusto, quando Quirino era governador da Síria, e nos últimos anos do rei Herodes, que faleceu no mês de março do ano 4 a.C. Para os historiadores, Jesus nasceu uns sete anos antes do ano zero. O evangelista Mateus (2, 2) relaciona o evento de Belém com a aparição de uma estrela particularmente luminosa no céu da Palestina. E é precisamente neste momento em que na tabuinha de argila oferece um testemunho particular.

 

Existem muitas hipóteses sobre a estrela que os magos viram ("magoi" em grego era a palavra com que se denominava à casta de sacerdotes persas e babilônios que se dedicavam ao estudo da astronomia e da astrologia) e que os levou a enfrentar uma viagem de uns mil quilômetros com o objetivo de prestar homenagem a um recém nascido.

 

Em 17 de dezembro de 1603, Johannes Kepler, astrônomo e matemático da corte do imperador Rodolfo II de Habsburgo, ao observar com um modesto telescópio do castelo de Praga a aproximação de Júpiter e Saturno na constelação de Piscis, perguntou-se pela primeira vez se o Evangelho não se referia precisamente a esse mesmo fenômeno. Foram feitos grandes cálculos até descobrir que uma conjunção deste tipo ocorreu no ano 7 a.C. lembrou também que o famoso rabino e escritor Isaac Abravanel (1437-1508) havia falado de um influxo extraordinário atribuído pelos astrólogos hebreus àquele fenômeno: o Messias tinha que aparecer durante uma conjunção de Júpiter e Saturno na constelação de Piscis. Kepler falou em seus livros de sua descoberta, mas a hipótese caiu no esquecimento perdida entre seu imenso legado astronômico.

 

Faltava uma demonstração científica clara. Chegou em 1925, quando o erudito alemão Pe Schnabel decifrou anotações neobabilônicas de escritura cuneiforme gravadas em uma tábua encontrada entre as ruínas de um antigo templo do sol, na escola de astrologia de Sippar, antiga cidade localizada na confluência do Tigre e do Eufrates, a uns cem quilômetros ao norte da Babilônia. A tabuinha encontra-se agora no Museu estadual de Berlim.

 

Entre os vários dados de observação astronômica sobre os dois planetas, Schnabel encontra na tábua um dado surpreendente: a conjunção entre Júpiter e Saturno na constelação de Piscis ocorreu no ano 7 a.C., em três ocasiões, durante poucos meses: de 29 de maio a 8 de junho; de 26 de setembro a 6 de outubro; de 5 a 15 de dezembro. Além disso, segundo os cálculos matemáticos, esta tripla conjunção pôde ser vista com grande claridade na região do Mediterrâneo.

 

Se esta descoberta se identifica com a estrela de Natal da qual fala o Evangelho de Mateus, o significado astrológico das três conjunções torna sumamente verossímil a decisão dos Magos de empreender uma longa viagem até Jerusalém para encontrar o Messias recém nascido. Segundo explica o prestigioso catedrático de fenomenologia da religião da Pontifícia Universidade Gregoriana, Giovanni Magnani, autor do livro “Jesus, construtor e mestre” (“Gesú costruttore e maestro, Cittadella, Asís, 1997), “na antiga astrologia, Júpiter era considerado como a estrela do Príncipe do mundo e a constelação de Piscis como o sinal do final dos tempos. O planeta Saturno era considerado no Oriente a estrela da Palestina. Quando Júpiter se encontra com Saturno na constelação de Piscis, significa que o Senhor do final dos tempos aparecerá neste ano na Palestina. Com esta expectativa chegam os Magos a Jerusalém, segundo o Evangelho de Mateus 2,2”. “Onde está o Rei dos judeus que nasceu? Pois vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo” perguntam os magos aos habitantes de Jerusalém e depois a Herodes.

 

A tripla conjunção dos dois planetas na constelação de Piscis explica também a aparição e a desaparição da estrela, dado confirmado pelo Evangelho. A terceira conjunção de Júpiter e Saturno, unidos como se fosse um grande astro, ocorreu de 5 a 15 de dezembro. No crepúsculo, a intensa luz podia ser vista ao olhar para o Sul, de modo que os Magos do Oriente, ao caminhar de Jerusalém a Belém, a tinham diante de si. A estrela parecia se mover, como explica o Evangelho, “diante deles” (Mt 2, 9).

 

Fonte: ACI Digital

 

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https://www.33catolico.com/2011/01/os-reis-magos-arqueologia-comprova-sua.html